OS TUBARÕES

Final dos anos 60. A pequena cidade da Praia vivia tranquilamente. Nela grupos de amigos iam estando mais atentos as musicas que vinham de fora – muita a influencia dos Beatles. Por entre tais grupos os jovens Zezé Barbosa e Duia que embriagados pela influencia do referido quarteto, lançam-se ao sonho da musica. Conseguem a importação de instrumentos musicais e com mais amigos nasce uma formação musical que animava os bailes da capital.
Nascem assim Os Tubarões . Cerca de 5 anos mais tarde uma das figuras que viria a marcar o grupo junta-se ao grupo-o vocalista Ildo Lobo.

1975 – Cabo Verde torna-se independente e os Tubarões têm aqui um papel crucial e de relevo nacional no cantar a independência onde as letras eram de explicito conteúdo politico e o celebrar tinha as cores do pais livre. O cantar o país que nascia manteve-se de forma marcada e o enfase dado pelo grupo aos nossos poetas|compositores ia sendo cada vez maior. Celebravam a recém-conquistada independência, enalteciam os nossos compositores, o que era nosso e de forma natural surgiram as saídas para fora. Ainda nesta década é gravado um dos grandes discos do grupo – o LP “Tema Para Dois”, onde é inegável o carimbo de lacre musical de Zeca Couto.
Ritmos como a Tabanka ou o Sanjon eram explorados pelo grupo. A discografia é cada vez mais diversificada e na década de 90 deixa outro marco discográfico – era lançado “Porton di nos Ilha”, para muita da critica musical – o grande momento do grupo. Depois de Betu, Manel d´Novas, Pedro Rodrigues ou Nhelas Spencer, mais um compositor era elevado - Orlando Pantera.

Os Tubarões tiveram no seu frontman Ildo Lobo– uma das maiores vozes de sempre da musica de cabo verde – marcante… cantou emoções, contou Cabo Verde e como missão abraçou com o seu grupo a divulgação de inúmeros compositores musicais, como acima referido.
Nos meados da década de 90 os Tubarões anunciam o seu fim e em 2015 regressam aos palcos, agora com a interessante voz de Arlindo Rodrigues, na formação que já estava junta nas ultimas décadas. Mantiveram-se as raízes musicais, o total assento nos ritmos Cabo-Verdianos sobretudo a Morna, Coladeras, e o Funaná, e o acervo que o grupo carrega consigo é claramente marca assente nas renovadas sonoridades de um Cabo verde sempre musical.